Trump Promete Medidas Duras Contra o “Deep State” e Reforma do Sistema Político

Em um discurso recente, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou uma série de propostas que pretende implementar caso seja reeleito, com o objetivo de combater o que ele chama de “deep state” e reformar o sistema político norte-americano. Suas propostas visam, principalmente, aumentar o controle sobre agências de inteligência, limitar a atuação de burocratas e promover mudanças estruturais em Washington.

Entre as ações mais contundentes, Trump destacou a intenção de restaurar uma ordem executiva de 2020 que daria ao presidente o poder de demitir funcionários públicos considerados “burocratas rebeldes”. Ele afirmou que, se eleito, usaria essa autoridade “agressivamente” para remover o que considera ser um sistema corrompido de segurança e inteligência no país.

Reformas nas Agências e no Judiciário

Trump também prometeu uma reformulação abrangente das agências que, segundo ele, têm sido “instrumentalizadas” para perseguir conservadores, cristãos e adversários políticos. Parte dessa reestruturação incluiria alterações no funcionamento dos tribunais do FISA (Foreign Intelligence Surveillance Act), que ele acusou de aprovar pedidos de mandados baseados em informações falsas.

Outra medida proposta por Trump é a criação de uma Comissão de Verdade e Reconciliação, que teria a missão de desclassificar e divulgar documentos relacionados a casos de espionagem, censura e corrupção governamental. A comissão, segundo Trump, teria o objetivo de expor abusos de poder que estariam “destruindo o país”.

Limites de Atuação e Descentralização

O ex-presidente também afirmou que pretende impedir que funcionários públicos aceitem empregos em empresas que regulam, citando o setor farmacêutico como exemplo de práticas inadequadas. Ele também planeja transferir até 100 mil cargos de agências federais para fora de Washington, D.C., como forma de descentralizar a administração pública e alocá-la em regiões “mais patrióticas”.

Auditoria das Agências e Limites para o Congresso

Trump propôs a implementação de auditorias contínuas sobre as agências de inteligência para garantir que não estejam espionando cidadãos americanos ou campanhas políticas, como alega ter ocorrido com sua campanha em 2016. Além disso, sugeriu que os inspetores gerais sejam separados fisicamente dos departamentos que fiscalizam, a fim de evitar o que ele classificou como “proteção ao deep state”.

Por fim, Trump defendeu a imposição de limites de mandato para membros do Congresso por meio de uma emenda constitucional, uma medida que, segundo ele, garantiria que o governo fosse “do povo e para o povo”.