Em um movimento estratégico para enfrentar a crise financeira, a rede varejista Novo Mundo obteve a aprovação para seu pedido de recuperação judicial. A decisão foi tomada pela 3ª Vara Cível da Justiça de Goiás, sob a análise do juiz Luciano Borges da Silva
A Novo Mundo, uma das mais tradicionais redes de varejo do Centro-Norte do Brasil, enfrenta um passivo de R$ 735 milhões, acumulado devido aos desafios econômicos recentes, incluindo a pandemia de Covid-19, alta inflação, elevadas taxas de juros e restrição de crédito.
A empresa, que possui 68 anos de história, espera que a recuperação judicial permita a renegociação de suas dívidas, a manutenção dos empregos e a continuidade das operações em suas 90 lojas espalhadas por Goiás, Tocantins, Pará, Maranhão e Distrito Federal.
Em comunicado oficial, a Novo Mundo destacou que a medida é essencial para retomar o crescimento e superar a crise atual. “A recuperação judicial é uma alternativa para retomar o crescimento e superar mais uma crise”, afirmou a empresa. A rede também ressaltou que, apesar das dificuldades, conseguiu manter 1.300 colaboradores e pretende continuar operando normalmente durante o processo de recuperação.
A aprovação do pedido de recuperação judicial oferece à Novo Mundo um período de seis meses para elaborar um plano detalhado de recuperação, durante o qual as execuções de dívidas serão suspensas, exceto em casos específicos de alienação fiduciária. Esse período será crucial para a empresa ajustar seus estoques, renegociar dívidas e buscar a adimplência com os serviços contratados.
A Novo Mundo está confiante de que, com a recuperação judicial, conseguirá superar os obstáculos financeiros e voltar a crescer, mantendo-se entre as principais empresas do varejo na região
